terça-feira, 27 de dezembro de 2011

6° Semestre - Espaço Poliesportivo






Apresentação
O espaço abordado neste projeto consiste em uma área para a prática de diversas modalidades de esportes, com evidência nos esportes radicais. Seguindo a tendência dos espaços públicos contemporâneos a praça Oficina do Senhor demonstrava previamente certo interesse nesse tipo de equipamento. Após visita ao local e reunião com o gestor da praça, este fato foi constatado pela existência de uma quadra não-oficial e dois campos de areia, além de rampas para a prática de skate.
O local escolhido para o projeto foi determinado pela vocação do lugar mediante seu uso prévio para prática de esportes. A associação de moradores também já havia reconhecido o potencial atrativo do local realizando estudos sobre a área.  Daí na necessidade de se trazer um equipamento que responda a uma utilização mais intensa, o qual concentrará atividades de velocidade e impacto, atendendo assim a um público que deseja realizar um entretenimento carregado de forte potencial de adrenalina. Os equipamentos propostos constam em uma quadra poliesportiva com dimensões não-oficiais e um skatepark com seus devidos elementos dispostos de forma a potencializar a dinâmica dos esportes que ali serão praticados sem comprometer a memória do local.
    Localização e vista panorâmica do local de intervenção.


Programa de necessidades
O início do projeto demandou o levantamento das necessidades inerentes aos equipamentos necessários. A quadra poliesportiva apesar de não ser oficial, conterá dimensões suficientes para a prática de diversos esportes (futebol de salão, vôley, basquete, handbol e tênis, servindo de apoio para o skatepark na sua lateral). Para tanto, o espaço necessitará conter traves, tabelas com cesta, aberturas de espera no piso para receber colunas de suporte de redes, holofotes exclusivos e grades para proteção do espectador. O tipo de piso adotado deverá ser em concreto (piso industrial) com pintura em tinta especial nas cores verde e laranja.
O skatepark demanda um tipo de equipamento bem peculiar par a prática de atividades de impacto, velocidade e equilíbrio Constam. Constam basicamente de rampas (que neste caso serão em concreto, visando uma maior durabilidade) e  corrimãos metálicos. As rampas contém nomes em inglês, devido à procedência dos esportes como skate, patins e bicicross terem surgido nos EUA, sendo que tais nomes remetem a sua forma. Foram adotadas 1 half-pipe, 5 quarter-pipe’s, 1 funbox, 1 bowl cujas bordas tem um formato rampeado semelhante a um mini-spine ramp. Apesar da complexa nomenclatura desses esportes, tais equipamentos serão detalhados mais adiante.




Partido Arquitetônico
O partido arquitetônico buscou aproveitar as potencialidades do espaço de intervenção. O lugar do campo existente foi sugestivo nesse aspecto. Optou-se a substituição do campo de areia por uma quadra poliesportiva devido a existência de um novo campo de areia que estava sendo construído na outro setor da praça. Vale ressaltar que a quadra pavimentada existente não atendia a demanda do entorno, por ser a única quadra disponível. Outros fatores determinantes foram suas pequenas dimensões e seu estado deteriorado. A quadra poliesportiva proposta aproveitou cerca de 70% da área original do campo de areia existente, deixando área disponível para a permeabilidade de águas pluviais no solo. Uma preocupação pertinente na acessibilidade garantiu a previsão de rampas que possibilitarão tanto o conforto de acesso aos desabilitados quanto à integração do skatepark com a quadra. As arquibancadas foram dispostas na lateral da quadra em baixa altura, a fim de facilitar o acesso visual do usuário das diversas partes da praça Oficina do Senhor. Foi pensado atribuir à quadra e ao skatepark um valor referencial dotando sua pintura com cores vibrantes, a fim de proporcionar ao usuário sensações diferentes a medida que o mesmo se apropria das diversas partes do equipamento.
A concepção do skatepark seguiu a necessidade do dinamismo desse esporte e da configuração espacial do local de intervenção. Foi pensado em 3 eixos de movimento principais que os usuários poderiam usufruir com seus skates, patins ou bicicletas: o primeiro ficaria entre as rampas menores (os chamados quarter pipe’s). O segundo eixo levaria o usuário passar pelo bowl, o qual é uma concavidade inserida no solo, semelhante a uma piscina e cujo processo de fuga converge para  em um corrimão, que faz a transição entre o nível do talude e o nível mais baixo do passeio. O terceiro eixo situa-se em uma rampa dupla chamado de half-pipe, que proporciona um movimento pendular do usuário. Este equipamento é conectado a dois quarter-pipe’s por meio de uma passarela de concreto. Essa junção determina abaixo um jardim, pensado para se criar uma área de repouso com um banco de madeira, o qual está suspenso do solo pela estrutura metálica que sustenta também um caramanchão de madeira. Tal conjunto contém uma plasticidade geométrica e assume um caráter escultórico dentro do sklatepark. Este espaço também é provido de bancos estilizados com cores vibrantes e formas geométricas puras.










O projeto
O projeto pretende então um novo espaço de lazer para a comunidade de forma a aproveitar as árvores existentes para tentar equilibrar o calor que se acumula pelo revestimento de concreto do piso. A área em questão será convidativa pelo seu valor funcional, ecológico e artístico. Ao mesmo tempo que convida pessoas de diferentes tendências, evita a segregação do público específico que se utiliza desse tipo de equipamento. Abaixo estão listados alguns condicionantes do projeto:


Contraste Formal - Foi utilizada uma contraposição entre as formas regulares e ortogonais dos equipamentos com a sinuosidade do traçado nos limites e diferenciação de piso. A intensão é fazer uma síntese das formas rigorosas e suaves que caracterizam a produção arquitetônica contemporânea.

Exuberância das Cores - As cores utilizadas visam proporcionar um valor artístico reforçando o caráter volumétrico dos equipamentos esportivos. A sensação do usuário torna-se aguçada e diferencia-se em cada trecho vivido.


Paisagismo - Foi pensado para o skatepark um paisagismo baseado em uma vegetação que promova uma experiência dos sentidos. Foram adotados espécimes com diferentes portes, volumetrias, cores e cheiros, visando um enriquecimento visual e perceptivo. Destacam-se as carnaúbas em uma das laterais do ambiente convidando as pessoas para um passeio contemplativo. Já as palmeiras previstas na outra face do skatepark direcionam a visão de quem se utiliza do passeio, revelando em cada momento a volumetria do complexo de rampas. O canteiro que se comunica com a lateral da rua Bento Albuquerque alterna canteiros vivos de arbustos verdes com arbustos floridos em tonalidades de vermelho, rosa e branco. Já os canteiros que ficam na lateral da rua dr. Francisco Matos foram previstos camarões amarelos como forramento. É justamente nesses canteiros que as 4 carnaúbas estão previstas.

Acessibilidade - Fara promover o acesso universal ao complexo esportivo, foram previstas rampas nas laterais da quadra poliesportiva, a qual se comunica com o skatepark também através de rampa. Outra rampa foi prevista na entrada do skatepark, interligando os dois setores de praça adotando-se um prolongamento do piso de pintura vermelho-escuro. Corrimãos são dispostos em cada acesso com escadaria, os quais também servem para a execução de manobras radicais. Destacamos uma passagem que interliga o skatepark com a rua dr. Francisco Matos, a qual traz características de expressão cubista e jogo de cores para tornar esta passagem convidativa.




Representação Volumétrica - Maquete

O projeto foi submetido a uma representação volumétrica através de maquete física e virtual, a qual revelou uma belo jogo volumétrico condicionado pela disposição dos níveis de piso e pela disposição das rampas e áreas de descanso. Os jardins quebram a frieza do concreto, dando mais vida e cor ao ambiente. Baseando-se na suspeita de que o condicionamento ambiental poderá ser influenciado positivamente pela vegetação existente, isso garantiu a sua preservação frente a uma necessária pavimentação de todo o setor que receberia o complexo esportivo. A maquete teve importância nessa apreensão visual. Verificou-se assim uma condição de conforto ambiental satisfatória também pela área livre existente entre as árvores o que facilitava a circulação da ventilação. A maquete também serviu para identificar pontos de conflito volumétrico entre suas partes integrantes. Podemos mencionar o choque existente entre o half-pipe e o talude do bowl (vide detalhamentos de rampas ao lado). Porém a maior contribuição da maquete do projeto será o impacto sobre o cliente, que é o usuário da praça. Através dela a comunidade poderá de fato ter uma melhor apreensão dos detalhes formais e funcionais que o caracterizam e assim, formular valores críticos, podenso assim, manifestar sua opinião e intervir no projeto, de forma a atender sua necessidade de satisfação plena.














2 comentários:

  1. Chegueiiiiiii!!
    Fui o teu 2º seguidor.
    SUCESSO!!
    Já postei um link chamando e apresentamdo a galera esse novo blog.
    QUE DEUS TE PROTEJA SEMPRE!!
    Meus 163.448 leitores estão curtindoooo

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  2. Seja bem-vindo Joseni! Obrigado pela força... Abraço!

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